terça-feira, 30 de junho de 2009

Orusborus - O Novo de novo

Ouroboros ou uroboros ou oroboros ou uróboro é a grande serpente universal ou serpente da eternidade ou a serpente coroada, a união do pricípio e do fim, a totalidade de tempo e espaço, o eterno imutável, a eterna transformação. É serpente que morde o próprio rabo e simboliza um ciclo de evolução encerrado em si mesmo. É o símbolo do eterno retorno e da união e complementariedade dos opostos, representando a ruptura da evolução linear.

Não há melhor imagem para expressar os pensamentos e o momento que permeiam minha simples vida. Hoje vivo um novo momento, com decisões importantes, dispondo assim de novos pensamentos, de uma nova vida, de novas experiências.

Tive muitos acontecimentos nessa minha curta vida, desde o momento em que nasci até os dias atuais em meus 25 anos. Precisei suportar momentos dificeis, muito dificeis, porém também passei por muitas felicidades, inúmeras. Tantas experiências, conseqüências de importantes decisões: decidir baquear, decidir amar, decidir viver, decidir morrer, decidir sofrer, decidir cair, decidir sobressaltar e etc. Da mesma forma hoje eu tomo novas decisões, decisões essas que não tomo com tristeza, embora sinta algumas frustrações, mas sim com alegria e felicidade em me sentir forte para seguir em frente, mesmo sabendo que poderei novamente tropeçar e cair.

Hoje eu decido me apropriar do que é meu, do que é só meu. Deixo o que é velho passar e viverei o novo a cada dia.

Hoje percebi pela primeira vez que um grande sonho se torna capaz e mais do que isso, se torna real. Pela primeira vez em minha vida, me sinto um profissional e me sinto sim um bom profissional, comprometido e vivo diante de sua prática. Pela primeira vez consigo enxergar o final da minha faculdade e ter a certeza unica de que eu vou me formar no final desse ano. Vocês que leêm isso não idéia do que isso representa pra mim. Mas acredito que compreenderão a importância.

Hoje eu decido viver, decido experimentar, decido sofrer, decido ser feliz. Mas como disse acima apropriado daquilo que é meu. Por isso, deixo para trás tudo que me prende para que eu não faça isso. Parece que o que digo é algo que decidi nesse momento, mas vejo e sinto que há muitos anos venho fazendo e evoluindo nessa opção. Anos árduos, dificeis, porém com conseqüências desafiadoramente felizes.

Assim me sinto firme para contar a todos que hoje eu me dei alta, abri mão para seguir sozinho, hoje depois de muito tempo me sinto preparada. Essa é apenas mais uma alta das que venho sofrendo há tantos anos e pelas quais tenho escolhido: faculdade, igreja, mãe, namorada e agora terapia.

Sigo feliz, feliz por me sentir feliz com a minha decisão. Talvez encare um outro processo daqui um tempo, mas hoje isso é mais do que necessário. Foi mais do que emocionante me despedir, chorei, como chorei em todas as minhas altas, mas essa foi a única que acontece e choro de emoção, pela primeira vez na minha vida. Novos desafios virão, mas sinto que preciso encará-los sozinho neste momento.

Me aproprio daquilo que é meu, pois cansei de entregar minha vida na mão de quem ela não pertence. Me aproprio da minha vida, pois somente eu posso ser Senhor das minha vontades. Sigo sozinho, desta vez, bem sozinho, mas bem feliz por decidir isso.

Hoje minhas decisões se encerram em mim mesmo, pois são apenas minhas, tais decisões.

Decido HOJE, mais do que nunca, VIVER e seguir SOZINHO.

Obrigado Mãe, Mariana e Daniela.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Stand By


Minha vida nesse momento está em "stand by", parada, estranha e posso dizer que sim, estou infeliz.
Meus dias estão mais preto e branco, poucas coisas fazem um real sentido pra mim. Poucos contatos, muitos encontros vazios e diversas frutrações.
Pensei que tudo isso me colocaria no chão novamente para poder começar tudo do zero, olhar a situação de perto e começar a construir novamente minha vida. Mas não dá, estou em Stand By. Além do mais, embora acredite que tenha descido para o chão, me sinto caindo, afundando para debaixo dele constantemente.
Estes dias assisti a um filme de nome "Numb" com Matthew Perry, o protagonista sofre de despersonalização em que ele relata ver a sua vida como se fosse um filme em que ele é apenas espectador, sua reação frente aos acontecimentos que vive é apática e sua sensação é de constante vazio.
Acredito que estou desse espectador, mas confesso que meus dias parecem muito sem signficado. Hoje parece que passo por uma luta constante, fui nocalteado, por diversas vezes. Tento me levantar as vezes até consigo, mas passa um tempo bate a tontura novamente e mais uma vez estou eu lá, de joelhos, praticamente beijando a lona.
Já não sei mais o que fazer, ceder ao que sinto, não dá certo (já tentei). Passar do afeto ao ódio, é insustentável depois de um período curto de tempo (já tentei). Me conformar (já tentei), parece impossível. Me acostumar ao sofrimento que sinto (isso até daria certo, se não me sentisse um idiota constante, um fracassado, descartável e mais idiota ainda por me sentir assim).
Já não sei mais o que fazer, continuarei vivendo, quase que despersonalizado, pois é dessa maneira que me sinto, fora de mim mesmo, muitas vezes me surpreendendo com os comportamentos que tenho, pois pareço alguém que não conheço de perto.

Volto e continuo a procurar o meu Ser e que este faça Sentido. Porém, hoje busco o Ser, mas não sei com qual perspectiva, se que isso ainda exista em mim.